Quem não gosta de uma bela e sincera história de amor? "Teus Olhos Meus" nos dá grandes minutos de muita música e de amor. Foi lançado em 2011 e dirigido por Caio Sóh, uma produção independente com uma só câmera na mão e a ajuda de alguns amigos atores e atrizes (sem receber cachê, usando como palco a casa de conhecidos; tudo pela arte!) fizeram nascer um dos mais sensíveis filmes sobre a descoberta do amor, da sexualidade e da busca implacável por um lugar no mundo.
Enredo: E se a vida tropeçasse no destino? E se a felicidade fosse encontrada justamente em um lugar impossível de imaginar? Quanto podemos nos permitir ao novo sem medo de abandonar o passado? Gil é um jovem de 20 anos, questionador de si e do mundo, órfão criado pelos tios. Seu estilo de vida regado a violão, poesia e álcool, gera uma guerra familiar fazendo com que Gil vá embora de casa. Com o violão nas costas, sem rumo, dinheiro ou retaguarda de amigos, Gil conhece Otávio, um produtor musical que mudará seu destino para sempre.
"Teus Olhos Meus" não é um filme militante e isso fica visado desde o início em que torcemos pela felicidade de Gil e Otávio porque, afinal, a história é muito bem narrada e acompanhada de uma trilha sonora única de cada personagem: é impossível não se sensibilizar com este filme.
Eu preciso dar ênfase na grande atuação de Paloma Duarte e Emilio Dantas que conseguem surpreendem e nos prender com todas as suas emoções... É evidente que o filme é simples porque é feito somente com uma câmera à mão, usando o desfocamento como uma tentativa - bem sucedida - de mostrar o que o filme, de fato, está narrando: a busca pelo lugar no mundo, mesmo que seja por uma "felicidade estranha". "Teus Olhos Meus" pode ser considerado amador por alguns, mas, na verdade: ele é para ser amado. Por fim, Teus Olhos Meus é um dos filmes mais poéticos que alguém pode se permitir assistir.